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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Sobre o Homossexualismo

   Dentro os diversos assuntos que eu já abordei e ainda pretendo abordar neste blog, esse será sem dúvida o assunto o qual eu menos interessaria em falar sobre. Parece-me tão desnecessário e clichê. Mas infelizmente eu sinto necessidade de me expressar e me posicionar contra aqueles que têm proferido tantas falácias e cometido tantas injustiças a respeito dos homossexuais.
   Existem diversos tipos de características que servem para qualificar uma pessoa. Estilo musical, religião, orientação sexual, estado civil, classe econômica entre outras designações. Em uma sociedade teoricamente civilizada, as pessoas respeitariam umas as outras desconsiderando as diferenças. Essa atribuição está nitidamente bem longe da nossa realidade, mas é sem dúvida um modelo de conduta no qual deveríamos perseguir.


   Curiosamente, a perseguição acirrada em relação aos homossexuais não é exatamente uma característica retrógrada da nossa civilização, principalmente a ocidental. A homofobia é uma das invenções mais recentes em termos de conduta social. Pouco citarei exemplos, mas os gregos, em maioria, cultivavam hábitos homossexuais. É claro que a liberdade sexual era um privilégio dos homens, pois ainda estamos falando de uma sociedade machista.
   Pouco faz dez anos ou menos, e os homossexuais eram considerados como um objeto de ódio pela auto declarada maior parte da sociedade (descoberto posteriormente não ser tão maioria quanto se imaginou ser). Voltemos um pouco mais no tempo e talvez sejamos capazes de entender a tão recente fobia aos homossexuais.
   Década de 60. Movimento Hippie, movimento ambientalista. “American Way of Life” ou o famoso “American Dream”. Durante o período de Guerra Fria, surgiram movimentos que se opunham à guerra e mesma contra a ideologia consumista defendida pela indústria publicitária dos EUA. Dentro dos ditos bons valores sociais, estava inclusa a ideia de que o plano de vida de todo bom cidadão consistia em; concluir a faculdade, arrumar um emprego, casar, morara no subúrbio e ter filhos.
   No nado contrário a esse modelo se encontraram os Hippies, o movimento ambientalista, e o movimento homossexual. Os hippies se contrapunham a ideologia consumista do capitalismo. O movimento ambientalista se opunha ao desenvolvimento descontrolado da indústria e as possíveis más consequências desse desenvolvimento ao meio ambiente. De carona, os homossexuais se juntaram à causa desses dois grupos, pois eles afrontavam a instituição familiar.
   Nos dias de hoje, a realidade é diferente. Os homossexuais são aceitos pelos jovens como pessoas que possuem uma qualidade que os distinguem assim como qualquer outra característica como religião ou estilo musical. Quanto à aceitação dos pais a respeito e ter um filho gay, isso de fato é complicado e dificilmente será possível eliminar completamente o impacto inicial da notícia. A razão é muito simples, está nos nossos genes. Todo ser humano tem em seus genes a imposição biológica da reprodução. Difícil teorizar o que leva uma pessoa a ser homossexual, mas se considerarmos a genética como o fator de influência, seria necessário maior estudo a respeito do impulso natural de todos os seres vivos para reprodução. Mas parte da ditadura dos genes em relação a espécie ao organismo que ele pertence, está contida a necessidade de “passar os genes a diante”. Sendo então, os pais esperam, mesmo que inconscientemente, que seus filhos gerem uma prole, para passar os genes para frente. Caso o filho seja gay, a possibilidade desse filho se reproduzir é cotada para zero. No caso de um filho único a situação se agrava ainda mais, tornando teoricamente mais difícil a aceitação dos pais em relação à orientação dos filhos.
   Conclusão da história. Não se podem colocar os homossexuais como um grupo social que tem necessidade de lutar pelos seus direitos como uma minoria exigindo privilégios. A causa já foi ganha, por assim dizer, pelos menos para as futuras gerações. A luta foi árdua, sem sombra de dúvidas. Se ainda existe a vigente necessidade de ensinar o homossexualismo como algo não negativo nas escolas, é por conta se uma reação ressoante para com as décadas de repressão que eles sofreram no passado. Estão tentando aprovar uma lei para permitir maior liberdade de escolha em relação a sexualidade para os adolescentes, como uma maneira de prevenir as gerações futuras de passarem pelos mesmos abusos sofridos no passado.
   Para termos de esclarecimento, eu não sou homossexual, mas tenho vários amigos que são. Não sou simpatizante, pois para mim, não existe tal coisa como a necessidade de levantar a bandeira deles como seria necessário, por exemplo, para garantir os direitos dos paraplégicos. Para mim, o fim da picada, é ver pessoas utilizando o termo simpatizante para pessoas que tem amigos gays. Alguém aqui é simpatizante de obesos? Eu gostaria de ver campanhas sérias daqueles que julgam ofensivas piadas contra as loiras, vão processar os comediantes por conta disso?
   Eu infelizmente vejo a necessidade de produzir e postar esse texto a respeito desse assunto, para servir como atalho das minhas argumentações a respeito do assunto quando eu tiver que debater com algum homo-fóbico que ainda vive no século XX.

Um comentário:

  1. Concordo Brian.
    Homofobia agora é crime.
    Mas nunca, em nenhuma época, deixou de sê-lo.

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