Páginas

domingo, 30 de janeiro de 2011

CultoMente



Você não gostaria de ter seguidores devotos? Que deixarão suas famílias por você; darão todo o dinheiro para você, darão seus corpos, suas vidas, o considerará um deus?! Não gostaria de se tornar um líder de culto?
Desde a morte de Deus, tem-se aberta uma vaga, e você pode preencher essa vaga. E ai lhe mostro como:
Estruture o seu culto como uma cebola, com os mais benignos e prestativos membros na camada externa, e os mais controladores e perversos em um grupo mais interno e isolado.
Use dissimulação. Não diga a eles quem você realmente é. Minta, omita informações importantes ou distorça as informações:

Novato: “Você está tentando me recrutar?”
Membro: “Não, só quero dividir uma coisa importante com você.”

Estabeleça grupos de fachada:

Membro: “Nós somos um grupo de estudo da bíblia.”
Membro: “Nós somos um centro de meditação.”
Membro: “Nós somos uma organização de Paz Mundial.”
Membro: “Nós somos um centro de Desenvolvimento Pessoal.”
Membro: “Nós somos drogados em reabilitação.”

Prometa realizar seus sonhos:

Membros: “Você não deseja um mundo de amor e irmandade incondicionais?”
Membros: “Nós temos os segredos para o enaltecimento pessoal.”
Membros: “Você pode se juntar a nós e tornar-se especial.”
Membros: “Se junte à nossa iniciativa para salvar o mundo.”
Membros: “Nós podemos lhe ensinar poderes especiais.”
Membro: “Poderes pessoais... Poderes psíquicos... Conexões com vidas passadas.”

Ofereça algo de graça a eles, e  tente lubridiar-los a oferecer-lhe algo em troca:

Membro: “Nós o demos aquele jantar gratuito. O mínimo que você poderia fazer é se juntar a nós em um encontro nesse final de semana.

Você pode dizer a eles que o tempo está se esgotando, e eles precisam decidir logo ou será tarde demais:

Membro: “Essa é sua única chance de conseguir, não pise na bola!”
Membro: “É importante que faça esse compromisso, agora!”

Não os dê tempo para pensar. Diminua possibilidades de dúvidas e questionamentos, simplesmente afastando os novos recrutas e os cercando por membros convictos do culto. Pois quando estiverem em dúvida, os novatos farão exatamente o que os outros à sua volta estiverem fazendo, e acreditarão que tudo isso é normal.
Começo com um período prolongado de “bombardeiro de amor”. Os envolva com amor incondicional e atenção. Os membros do seu culto devem agir de maneira amigável, e mostrarem interesse pelo novato. Adquira informações e ataque seus pontos fracos:

Membro: “Conte-nos sobre você.”
Membro: “Faça esse teste de personalidade.”

E então use essas informações para manipular-los. Com o tempo você será capaz de manipular o comportamento de seus membros e de culto garantindo e mantendo intenso amor e atenção. Assim que eles cederem a isso, comece a fazer exigências com mensagens imperativas:

Membro: “Nada nesse mundo tem valor, a não ser que esteja ligado ao líder ou ao objetivo maior.

Controle seus comportamentos:

Membro: “Venha morar conosco.”
Membro: “Vista essas roupas.”

Prescreva um cronograma rígido de lições e práticas que eles devem seguir invariavelmente. Mantenhamos ativos e dormindo o mínimo possível. Se possível, controle a alimentação deles diminuindo as proteínas do cardápio. Controle seus pensamentos:

Membro: “Nossa ideologia responde todas as perguntas sobre todas as questões.”

Controle suas emoções. Induza culpa:

Membro: “Pessoas estão morrendo de fome!”
Líder: “Você não está vivendo em todo o seu potencial!”

E Medo:

Membros: “O inimigo irá eletrocutar-lo... Torturar-lo... Matar-lo... Ou mesmo arrastar-lo para o Inferno!”

Controle a informação. Evite-os e conhecer todas as atividades do culto. Bloqueie qualquer informação que seja crítica sobre o grupo. Encoraje os membros a espionarem e denunciarem uns aos outros.
Separe o membro dele mesmo, induzindo ataques à própria pessoa por meio de colapsos mentais. E quando de fato ocorrer, disfarce isso como uma forma de despertar espiritual. Quando eles começarem a enlouquecer, demonstrando qualquer efeito colateral ou mesmo tendo alucinações, diga que eles estão eliminando os demônios internos.

Membro novato: “Quando eu estava meditando, eu senti a imensidão do vazio. Foi assustador!”
Membro: “Não, isso é bom. Você está se transformando, faça isso mais.”
Membro: “Você está renascendo!”

Torne-os paranóicos com relação ao próprio corpo ou maneiras de pensar:

Membro: “Você está em guerra com sua natureza harmônica.”
Membro: “Seu corpo está muito intoxicado.”

Diga que existe uma parte de suas mentes que eles devem eliminar em detrimento de encontrar a felicidade:

Membro: “Você deve de eliminar a mente poluída.”
Membro: “O seu Ego, o seu Ego é a fonte de todos os seus problemas.”
Novato: “Eu não sei mais quem eu sou!”
Líder: “Excelente! Agora você é livre.”

Clame autoridade. Ela pode vir de uma fonte divina:

Líder: “A sua bíblia claramente refere que eu sou o Messias.”

Fale a respeito de supostas evidências científicas:

Líder: “A ciência comprovou, os meus métodos funcionam!”

Ou apele para “conhecimentos especiais”:

Líder: “Eu sou o mestre iluminado de todo o universo.”

Invente estórias sobre você mesmo, para tentar aumentar e reafirmar a sua importância:

Líder: “Eu inventei o ar!”
Líder: “Eu tenho acesso especial aos alienígenas.”

Mas não seja estúpido dessa maneira, comece devagar. Um bom charlatão pega um pouco de verdade junto a um monte de mentiras e posa para os olhos dos ignorantes.
Induza estados de transe e auto-hipnose. Praticando rituais de não-pensamento e ações repetitivas. Como dançar, girar, cantar, respirar pesadamente e entoando mantras. Pratique longas horas de meditação, pois dentro desses estados de transe, eles se tornam mais vulneráveis e sugestivos.
Encoraje separação de suas famílias:

Líder: “Seus amigos e sua família não vão te compreender.”
Membro: “Seus amigos e sua família não vão te compreender.”
Membro: “Não parece que sua família e seus amigos de fato o amam se eles não podem apoiar a sua nova decisão.”
Membro: “Talvez devesses se afastar deles. Não é saudável estar perto de pessoas não iluminadas de qualquer maneira.”
Membro: “Se você não pode recrutar seus amigos, se afaste deles.”
Líder: “Pare de gastar seu tempo com descrentes!”
Membro: “Pare de gastar seu tempo com descrentes!”

Encoraje dependência e conformidade. E desencoraje autonomia e individualidade:

Líder: “O propósito maior deve de ser o foco. Os propósitos individuais devem ser subordinados.”
Membros: “O propósito maior deve de ser o foco. Os propósitos individuais devem ser subordinados.”

Tenha sessões de confissões, onde os membros condenam suas vidas passadas e enaltecem suas vidas dentro do grupo. Reescreva o passado como terrível, ainda que ele tenha sido maravilhoso:

Membro: “Antes que eu viesse a despertar, eu era uma pessoa ruim. Eu era ganancioso, dissimulado, egocêntrico e perdido. Minha vida é maravilhosa agora. Eu odeio a minha vida antiga.”
Membro: “Antes de me despertar, eu vivia dentro do meu Ego. A minha mente tóxica estava dirigindo a minha vida. Eu era uma pecadora, negativa e perdedora. Graças ao Líder, todos os dias, eu sou uma vencedora.”

Isole-os do resto do mundo. Faça-os se sentirem parte de uma espécie de “grupo de elite” com uma missão especial:

Líder: “Monumentos históricos será um dia levantado em memória de nosso sacrifício em nossa missão.”

Fortaleça os laços dentro do grupo, estabelecendo metas e apontando inimigos. Construa a imagem sobre quem não pertence ao grupo como “menos do que humanos”, piratas, corruptos ou conspiradores contra a causa maior. Desenvolve uma mentalidade de “nós” contra “eles”, combatendo resistências. Diga a eles que seus pensamentos críticos são evidências de que eles têm cometido crimes contra o grupo. Comece a investigar-los e invente assim, crimes de diversas qualidades:

Membro Novato: “Eu acho que quero sair.”
Membro: “Você deve estar louco!”

Faça-os sentir culpa:

Membro: “Nós estamos fazendo um trabalho importante aqui!”
Membro: “Você espera que salvar o mundo seja fácil?!”
Membro: “Nós todos estamos dispostos a fazer alguns sacrifícios pela Grande Causa!”
Membro: “Justo quando as coisas ficam difíceis, você deseja desistir.”
Membro: “Você é fraco!”
Membro: “Você deseja seguir para frente em direção à liberdade e iluminação? Ou prefere voltar à sua vida de perdição?”
Membro: “A doutrina é infalível!”
Membros: “Deve haver algo errado com você.”
Novato: “Deve haver alguma coisa errada comigo!”
Membro: “Sim, e há!”
Líder: “Sim, existe sim!”

Doutrine pelo medo. Diga que eles podem ser possuídos por espíritos malignos! Eu sugira que caso eles desejam sair, algo muito ruim possa acontecer a eles:

Líder: “Estou apenas lhe alertando. Sem a nossa companhia, a sua vida só vai piorar. Você pode ficar doente, ou até mesmo morrer.”
Membro: “Estou apenas lhe alertando. Sem a nossa companhia, a sua vida só vai piorar. Você pode ficar doente, ou até mesmo morrer.”

É simples assim! E agora? Não gostaria de se tornar um líder religioso? Não deseja seguidores devotos, que deixaram suas famílias por você, darão todo dinheiro para você, seus corpos, suas vidas e mesmo MATARÃO por você:

Novo Membro (convicto): “Eu farei o que você me ordenar pela causa. Eu deixarei minha família pela causa. Eu darei meu dinheiro pela causa. Eu lhe darei meu corpo pela causa. Eu morrerei pela causa, eu matarei pela causa. EU TE AMO!”

Foi mais uma tradução DAQUELAS! Não foi tão difícil, mas o inglês é uma língua muito condensada. Ela transmite e curtíssimas palavras conceitos que precisam de frases enormes no português.
Essa postagem vêm a condensar junta a outras postagens que tenho feito carregando certa crítica em relação às instituições religiosas. A mentira e a falácia a respeito das igrejas. 
Igreja, pela definição dada no livro de Matheus, é a morada do Senhor. E essa morada, é nada além de dentro dos nossos corações. Mas veja bem, eu não sou cristão, afirmo isso com base nos meus estudos sobre a bíblia que tanto repudio. É realmente chato ensinar padre a rezar a missa, mas eu preciso me expressar sobre as ilusões e tentações que tem se armado no mundo, tentando nos induzir a um falso despertar, e uma armadilha para nossas mentes, nossos corpos, e nossas vidas como um todo.
Prezo pela saúde e proteção de todos a quem conheço. E por conta disso, penso que para se protegerem de qualquer forma de abuso e violência mental, a melhor forma de proteger-los, é lhes fornecendo conhecimento. Conhecimento sobre essas técnicas de ilusão e auto-indução pode lhes conceder justamente o que precisam para criarem defesas e barreiras contra qualquer forma de fanatismo e ludibriação.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Asatru


Olá. Eu sou Steve McNallen, e sou líder de uma organização denominada Comunidade Asatru.
Asatru é uma religião nativa européia, e nós próximos minutos eu gostaria de tentar lhe explicar bem o que isso significa.
Asatru foi praticada no território europeu por muitas tribos daquela região. Desde a Islândia até a Rússia; das montanhas congeladas da Escandinava até abaixo na terra ensolarada do Mediterrâneo. Todas essas tribos viveram, lutaram, deixaram seus legados, honraram seus deuses e suas deusas e seus ancestrais.
Hoje, os filhos e filhas da Europa estão espalhados por toda a superfície do globo. E todos pensamos sobre nós mesmos como americanos, ou canadenses ou alemães. Mas por debaixo dessas novas nacionalidades reside uma identidade mais essencial e antiga. Nós somos Anglo-saxões, nós somos Vikings, nós somos Charueski, todas as velhas tribos das quais descendemos. Nós somos europeus em torno de quarenta mil anos. E somos cristãos por consideravelmente menos do que dois mil anos. Talvez seja o momento para observarmos o caminho de nossos ancestrais, o modo como eles se relacionavam, como se relacionavam com os deuses e o mundo em torno deles. E procurarmos ver se existe alguma coisa que pode nos trazer benefício, para nós simples humanos do século vinte e um.
Nos ano sessenta e setenta do século vinte, muitas pessoas que tinham suas raízes ancestrais no solo norte americano começaram a buscar suas tradições antepassadas. Parte disso foi expresso dentro de suas maneiras políticas, mas parte também trabalhou com seu lado espiritual à maneira de seus ancestrais. E mais ou menos no mesmo período, pessoas de descendência africana começaram a buscar tudo o que os conectasse de volta à áfrica. Suas roupas, sua comida, sua cultura, sua maneira de lidar uns com os outros, e por consequência, seu modos com a espiritualidade também.
Agora chegou o momento das pessoas com descendência européia; não apenas as que residem na América, mas as que estão por todo o torno do mundo; a correr atrás dessa identidade mais antiga e enraizada. Buscar novamente para os modos espirituais que deram aos nossos ancestrais à força, a coragem, a proteção e a inspiração para sobreviver em um mundo cheio de dificuldades.
Não é fácil para mim lhe conceder uma amostra de todas as crenças e dogmas da Asatru em uma apresentação tão curta como essa. Mas eu de fato tenho algumas colocações que eu gostaria de ler as quais eu penso passarem um pouco sobre o “sabor” da Asatru. Como a Asatru se encaixa em nossos corações, qual é a sensação que nos passa. Eu tenho aqui, nove colocações:

Número Um: O Mundo é bom. Prosperidade é bom. A vida é boa, e nós deveríamos viver-la com alegria e entusiasmo.

Número Dois: Nós somos livres para conduzir nossas vidas em regimento de nossa habilidade, coragem e mente. Não existe nenhuma predestinação, nenhuma limitação imposta por nenhuma divindade externa.

Número Três: Nós não precisamos de salvação. Tudo o que precisamos é da liberdade para encarar nossas vidas com coragem e honra.

Número Quatro: Nós estamos conectados com todos nossos ancestrais, eles são uma parte de nós, e nós no futuro seremos parte de nossos descendentes.

Número Cinco: Nós somos também conectados a toda nossa egrégora vivente. Ligados à nossa família e a todos os descendentes das tribos européias. Esses são a nossa família maior.

Número Seis: Nós somos conectados a natureza, e estamos sujeitos à suas leis. O poder sagrado está expresso na beleza e mente da natureza.

Número Sete: Nós acreditamos que moralidade não depende de mandamentos. Mas surge da dignidade e honra dos homens e mulheres de mentes nobres.

Número Oito: Nós não tememos os poderes supremos, ou nos consideramos destes escravos. Pelo contrário, nós dividimos comunhão e amizade com o divino. Os deuses nos encorajam a crescermos e avançar para níveis mais elevados.

Número Nove: Nós praticamos Asatru honrando as viradas das estações, honrando os ancestrais, o divino e a nós mesmos todos os dias.

Asatru é sobre seguir um caminho, é conectar-se, é sobre voltar para casa.

Essa é minha tradução para o vídeo. Ela está relativamente incompleta, pois faltam alguns nomes citados os quais não pude identificar por falta de melhor conhecer. Mas este problema em breve será superado quando puder tirar minhas dúvidas com um praticante da Asatru grande amigo meu.
Ao meu olhar, está declaração é belíssima. A maneira como a Asatru encara o divino, é por mim, considerada a mais ideal. Não faz sentido nós curvarmos em torno de divino como serventes sem dignidade. Não faz sentido acreditar que nosso destino está fora de nosso controle, como se nossa Vontade não tivesse qualquer influência sobre nossa própria vida.
Possuo minha espiritualidade desenvolvida à minha própria maneira. E por esta não considero proveitoso tentar julgar qual meio é mais certo ou mais errado. Mas também não posso afirmar que qualquer caminho lhe conduzirá a um bom destino.
Muito brevemente, dou aqui a minha definição sobre o bom caminho. Os bons caminhos são aqueles em que você é livre para ir e vir. A porta está sempre aberta, ninguém te convida a entrar, pois você deve de encontrar o caminho até ela por conta própria. E uma vez trilhando o caminho, caso você queira sair, ninguém irá lhe segura de maneira a impedir-lo, pois você também deve ser livre para ir e vir quando bem desejar. Esses são os bons caminhos, aqueles em que ninguém te ameaça ou te diz que você está em perigo por estar fora do caminho DELES. Qualquer caminho que tente monopolizar os caminhos para a iluminação, também não pode ser um bom caminho.
Não vou citar nomes ou exemplos, apenas deixar esta como minhas concepções sobre os bons e os maus caminhos espirituais. No próximo post, vou traduzir um vídeo sobre controle mental e paranóia religiosa.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Civilização Empática


            Nos últimos dez anos, houve um desenvolvimento bem interessante em: Biologia Evolucionária, Ciência Neuro-Cognitiva, Pesquisa sobre Desenvolvimento Infantil e muitas outras áreas. Estudos que estão começando a desafiar essas ideias regionalistas mantidas há tanto tempo a respeito da natureza humana e o significado da jornada humana.
            Mas existe outra referência emergindo na ciência, que é bem interessante, e que realmente desafia certas suposições. Com isso, as instituições as quais demos origem; A Instituição Educacional, nossas práticas comercias, nossas Instituições Governamentais, tudo baseado nessas suposições que estão para serem quebradas.
            Deixe-me transportar-lo de volta para o começo dos anos noventa, em um laboratório miúdo na cidade de Parma, Itália. Lá, cientistas puseram uma maquina de ressonância magnética em um macaco. Este macaco estava tentando abrir uma noz, e os cientistas queriam ver como os neurônios viriam a acender. Por um acaso – a ciência muitas vezes é regida pelo acaso – um humano entrou no laboratório, viu uma noz, e resolveu abrir-la. O macaco ficou em choque, “quem é esse invasor no meu laboratório” pensou ele. O macaco nem se moveu, ele apenas observou, vidrado, o humano abrindo a noz assim como ele havia tentado alguns minutos antes. Os cientistas olharam pelo monitor dos aparelhos, e os mesmos neurônios que antes acendiam quando o macaco tentava abrir a noz, acenderam quando este observou o humano abrindo a noz. Eles não faziam a menor idéia do que estavam observando ali. Pensaram que a maquina de ressonância havia quebrado.
            E então resolveram repetir o procedimento em outros primatas, especialmente chimpanzés com seu neo-cortez bem desenvolvido, até testarem com humanos propriamente. E o que puderam descobrir depois de repetido o experimento diversas vezes, foram os neurônios-espelhos.
            A conclusão é que todos primatas – elefantes também ainda não se têm certeza sobre cachorros e golfinhos – estão ligados por essa rede formada pelos neurônios espelhos. Ou seja, se eu estou lhe observando, e você está com raiva, ou frustrado, se sente rejeitado ou está alegre, eu posso sentir a mesma sensação. Pois os neurônios-espelhos virão a acender e eu vou sentir como se estivesse passando pela mesma experiência a que observo em você.
            Isso não é tão fora do normal. Se uma aranha sobe no seu braço, e eu estou observando, também irei sentir um arrepio por conta disso. Nós tomamos essa definição como garantia, mas o que realmente estamos tratando é sobre estarmos ligados à experiência das outras pessoas como se estivéssemos passando pela mesma situação.
            Os neurônios-espelhos estão apenas dando início a uma nova e enorme frente de pesquisas dentro da neuropsicologia, pesquisas sobre o cérebro e sobre o desenvolvimento infantil. Tudo sugerindo que nós não somos naturalmente ligados ou estimulados à agressão, ou violência e nem interesses egoístas. Mas que somos naturalmente conectados pela sociabilidade, afeto e companheirismo.
            A primeira jornada, a jornada para o verdadeiro pertencer, é uma jornada empática. O que é empatia? É bem complicado. Quando um bebê na enfermaria começa a chorar, os outros bebês vão chorar em resposta. Mas eles simplesmente não entendem por que o fazem. Isso é estresse empático, vem junto à biologia deles.
            Em torno dos dois anos e meio de idade, uma criança passa a ser capaz de reconhecer a própria imagem no espelho. É a partir desse momento, que você passa a desenvolver a empatia como um fenômeno cultural. Pois a partir do momento em que a criança passa a reconhecer a ela mesma, ela pode perceber que está observando à outra pessoa tendo uma experiência. Portanto eles são capazes de sentir que se eles sentem alguma coisa, é por quer estão observando outra pessoa na mesma situação. Então a criança é uma coisa separada da pessoa a quem observa.
            A individualidade surge junto ao desenvolvimento da empatia. Quanto maior a distinção sobre a personalidade, maior é a empatia. Em torno dos oito anos de idade, a criança aprende sobre nascimento e morte, ela aprende de onde ela veio, aprende que só viverá uma vez, que está vida é muito frágil e um dia eles virão a morrer. Esse é o começo da viajem existencial. Pois uma vez que a criança tem todos esses conceitos consolidados, eles percebem o quão frágil e vulnerável a vida é.
            É difícil estar vivo dentro desse planeta. Seja você um humano, ou uma raposa passeando pela floresta. Portanto quando uma criança percebe que a morte está à espreita, e que ela tem uma história própria de vida, ela percebe que o mesmo vale para todas as outras criaturas viventes. Cada momento passa a ser precioso.
É duro estar vivo, e as possibilidades nem sempre são as mais otimistas. Então se você pensar sobre vezes em que demonstramos empatia pelas outras pessoas e as outras criaturas, é por que nós sentimos a sua luta a respeito da morte eminente, e é, portanto, um ato de celebração à vida. Mostramos solidariedade com a nossa compaixão.
Empatia é o oposto de Utopia. Não existe empatia no céu – eu posso te garantir isso, antes que você chegue lá. Não existe empatia no céu, por que não há mortalidade. Não existe empatia na utopia, por que não existe sofrimento.
A empatia é fundamentada pelo medo a respeito da morte, e a celebração sobre a vida, e ajudando uns aos outros para que possamos prosperar juntos. É baseado em nossas falhas e imperfeições. Então quando falamos sobre construir uma civilização empática não estamos falando sobre utopia. Estamos falando sobre a habilidade humana de mostrar solidariedade, não apenas entre humanos, mas para todas as criaturas viventes desse planeta.
Nós somos homo-empáticos. Então aqui surge uma questão. Nós sabemos que a consciência sofre alterações no curso da história. A maneira como nossa mente está conectada nos tempos de hoje, não é a mesma como ela estava nos tempos medievais. Assim como este seria diferente da mente de nossos ancestrais de mais de quarenta e dois mil anos atrás. Portanto, a questão que abri quando comecei esse estudo, há quarto anos atrás, é: Como a consciência se modificou no curso da história?
Temos de então imaginar a seguinte proposição. Se os humanos são naturalmente tensionados ao estresse empático, seria possível estendermos a nossa empatia para toda a raça humana? Como uma família estendida, e para as nossas criaturas irmãs, como parte de nossa família evolucionária, tendo a biosfera como a nossa comunidade comum. Caso seja possível imaginar tal, então talvez sejamos capazes de salvar a nossa espécie e salvar o planeta. Se essa proposta for de fato impossível, eu não consigo imaginar como seremos capazes de outra maneira.
Empatia é a mão invisível. Empatia é o que permite estendermos a nossa sensibilidade para outra pessoa, para que possamos construir maiores e mais largas uniões sociais. Empatizar é civilizar. Civilizar é empatizar. Há quarenta e dois mil anos, a comunicação social se estendia apenas a uma comunidade tribal, e gritos à distância. Qualquer outra pessoa do outro lado da montanha era o Alien invasor. Portanto empatia estava restrita a laços sanguíneos.
Quando nos desenvolvemos para as civilizações de base agrícola, onde a escrita nos permita estender o sistema nervoso central e anular o efeito do tempo. Trazendo as pessoas mais próximas das outras, com a maior apreciação sobre habilidades melhor desenvolvidas, e o crescimento da individualidade, principalmente a respeito da consciência teológica. Foi então quando deixamos de lado os laços tribais, e adquirimos laços religiosos. Portanto judeus passaram a ver todos os outros judeus, como uma extensão de suas famílias, e passaram a empatizar uns com os outros. O mesmo aconteceu com os cristãos, os mulçumanos e por ai vai.
Quando chegamos ao século dezenove, com a revolução industrial, e nós estendemos o mercado para áreas maiores, criando a ficção a respeito dos estados nacionais. De repente, todos os britânicos passaram e enxergar uns aos outros como uma extensão de suas famílias. O mesmo valeu para os alemães, os americanos, italianos e etc. Não existe tal coisa como “Alemanha”, ou “França". Essas são ficções, mas elas permitem que estendamos nossas relações de empatia para que tenhamos lealdade em dividirmos uma identidade comum. Baseando-se na nova complexa energia da revolução da comunicação, que nos permite anular o tempo e o espaço.
Se nós saímos de laços consanguíneos, para laços religiosos, para empatia baseada em identificações como nações; seria tão difícil imaginar, a tecnologia da atualidade, nos permitindo conectar nossa empatia com toda a humanidade, ou mesmo com todas outras criaturas em uma única biosfera?
Nós temos a tecnologia para estender o sistema nervoso central e sentirmos todos entranhados em uma grande família. Quando houve aquele terremoto no Haiti – depois no Chile, mas se tratando apenas do Haiti – em uma hora os twitts sobre o assunto surgiram, em duas horas já haviam vídeos do terremoto no youtube, e em três horas a humanidade inteira estava mobilizada, por meio da empatia, a ajudar o Haiti.  Se nós fossemos como a corrente iluminista de pensadores sugere; materialistas, egoístas e egocêntricos; não viríamos a empatizar tão depressa com o Haiti.
Aparentemente, há cento e setenta e cinco milhares de anos atrás, no vale do Rift, – África – viviam dez mil anatomicamente modernos seres humanos – nossos ancestrais. Os geneticistas localizaram uma singular origem genética feminina. Aparentemente, seus genes foram passados para todas as pessoas na terra, as outras mulheres não perpetuaram. E tudo fica ainda mais curioso, pois eles localizaram uma base de genes masculina, – denominado de cromossomo-y adão, supostamente um pretendente melhor qualificado - seus genes estão nas células de todos humanos viventes. Então aqui está uma grande novidade, mais de 6,8 bilhões de pessoas; todas com suas diferenças teológicas, ideológicas, psicológicas, dramaturgas; todas lutando umas com as outras sobre ideias diferentes a respeito do mundo, e adivinhe só? Nós todos descendemos de apenas dois seres humanos – a bíblia acertou sobre esse ponto. Nós poderíamos ter originado de muitos, mas a idéia é que precisamos passar a pensar uns nos outros como uma extensão de uma família. E com isso não é necessário abandonar nossas identidades pessoais. Nós não perdemos nosso senso de identidade, nossas identidades religiosas, identidades nacionais, identidades consanguíneas. Mas nós estendemos as nossas identidades para que possamos pensar sobre a raça humana como irmãos de luta, assim como as outras criaturas viventes dentro de uma biosfera comunitária.
Precisamos repensar a narrativa humana. Caso sejamos realmente homo-empáticos, então precisamos exaltar essa natureza adormecida. Pois se permitirmos reprimir tal por meio das relações parentais, educacionais, comerciais e governamentais; a jornada secundária emerge: o narcisismo, o materialismo, a violência, e agressão e etc.
Caso precisemos abrir uma discussão global sobre a empatia façamos o quanto antes. Comecemos a repensar sobre a natureza humana. Expressemos a nossa sociabilidade empática. Para que possamos repensar sobre as instituições da sociedade e prepararmos o terreno para uma civilização empática.

Esse texto é a tradução de uma palestra feita durante um encontro da RSA (Royal Society for the encouragement of Arts – Sociedade Real para encorajar a Arte) promovida pelo palestrante/escritor/pesquisador Jeremy Rifkin – tudo que eu adoraria me tornar. A tradução é de minha autoria. Tive de fazer várias adaptações, mas espero ter mantido em fidelidade a intenção principal de cada passagem.
             Postei assim que terminei de traduzir, levei pelo menos cinco horas para traduzir o vídeo na integra. Pretendo fazer o mesmo com alguns outros vídeos da RSA Animate que virei a selecionar.

Macacos Dançarinos



Há bilhões de galáxias no universo observável. E cada uma delas contém centenas de bilhões de estrelas. Em uma dessas galáxias, orbitando uma dessas estrelas, há um pequeno planeta azul. E este planeta é governado por um bando de macacos. 
Mas esse macacos não pensam em si mesmos como macacos. Eles nem se quer pensam em si mesmos como animais. De fato, eles adoram listar todas as coisas que eles pensam separá-los dos animais: Polegares opositores, autoconsciência, eles usam palavras como Homo Erectus e Australopithecus. Você diz to-ma-te eu digo to-ma-ti. Eles são animais, certo?
Eles são macacos. Macacos com tecnologia de fibra ótica digital de alta velocidade, mas ainda assim macacos. Quero dizer, eles são espertos, você tem que conceder isso. As pirâmides, os arranha-céus, os jatos, a Grande Muralha da China, isso tudo é muito impressionante, para um bando de macacos.
Macacos cujos cérebros evoluíram para um tamanho tão ingovernável que agora é bastante impossível para eles ficarem felizes por muito tempo. Na verdade, eles são os únicos animais que pensam que deveriam ser felizes, todos os outros animais podem simplesmente ser.
Mas não é tão simples para os macacos, pois os macacos são amaldiçoados com a consciência. E assim os macacos têm medo, os macacos se preocupam, os macacos se preocupam com tudo, mas acima de tudo, com o que todos os outros macacos pensam. Porque os macacos querem desesperadamente se encaixar com os outros macacos. O que é bem difícil, porque a maior parte dos macacos se odeia.
Isto é o que realmente os separa dos outros animais. Estes macacos odeiam. Eles odeiam macacos que são diferentes, macacos de lugares diferentes, macacos de cores diferentes. Sabe, os macacos se sentem sozinhos, todos os 6 bilhões deles.
Alguns dos macacos pagam outros macacos para ouvir seus problemas. Os macacos querem respostas, os macacos sabem que vão morrer, então os macacos fazem deuses e os adoram. Então os macacos começam a discutir quem fez o deus melhor, e os macacos ficam irritados e é quando geralmente os macacos decidem que é uma boa hora de começar a matar uns aos outros.
Então os macacos fazem guerra. Os macacos fazem bombas de hidrogênio. Os macacos têm o planeta inteiro preparado para explodir. Os macacos não sabem o que fazer.
Alguns dos macacos tocam para uma multidão vendida de outros macacos. Os macacos fazem troféus e então eles os dão para si mesmos como se isto significasse algo.
Alguns dos macacos acham que sabem de tudo. Alguns dos macacos lêem Nietzsche. Os macacos discutem Nietzsche sem dar qualquer consideração ao fato de que Nietzsche era só outro macaco.
Os macacos fazem planos. Os macacos se apaixonam. Os macacos fazem sexo e então fazem mais macacos. Os macacos fazem música, e então os macacos dançam. Dancem macacos, dancem! 
Os macacos fazem muito barulho, os macacos têm tanto potencial. Se eles pelo menos se dedicassem. Os macacos raspam o pêlo de seus corpos numa ostensiva negação de sua verdadeira natureza de macaco.
Os macacos constroem gigantes colméias de macacos que eles chamam de "cidades". Os macacos desenham um monte de linhas imaginárias na terra. Os macacos estão ficando sem petróleo, que alimenta sua precária civilização. Os macacos estão poluindo e saqueando seu planeta como se não houvesse amanhã. Os macacos gostam de fingir que está tudo bem.
Alguns dos macacos realmente acreditam que o universo inteiro foi feito para seu benefício, como você pode ver, esses são uns macacos atrapalhados.
Estes macacos são ao mesmo tempo as mais feias e mais belas criaturas do planeta, e os macacos não querem ser macacos, eles querem ser outra coisa mas não são.

Eu sei, seu sei, esse vídeo é dos antigos. Mas como esse blog também me serve para poupar digitais, eu coloco aqui, o que não desejo precisar repetir e repetir dezenas de vezes em fóruns por ai a fora.

Esse vídeo nós trás uma reflexão deveras muito boa sobre a nossa realidade como humanos, vivendo nessa nave redonda, sem compreender de onde viemos, sem tanta certeza sobre para onde vamos nos dirigir.
Muito se questiona e debate sobre a origem de tudo, bem como se discuti o fim do mundo. Mas o princípio e o fim existem muitas questões mal resolvidas, e que merecem muito mais nossa atenção.
       Se existe sentido em observar o passado, que seja para aprender com as lições que este nos provém, e aplicar-las no cotidiano. Caso seja para ponderar sobre como será o futuro, que passemos a trabalhar hoje, para uma melhor construção sobre o que herdarão nossos descendentes.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Apenas um Passeio


Eu vi a neblina, vi pela primeira vez. Creio que deva ser uma sensação como essa a impressão de ver o mar pela primeira vez. Eu cutuquei meu amigo e fiz questão de explicitar a todos minha enorme felicidade de ver a neblina pela primeira vez. Sobre os morros, cobrindo a copa das árvores. O carro passou por debaixo dela, e eu pude ver tudo ao redor tomado por uma nuvem cinzenta.
A paisagem de montanhas me atrai muito mais do que as praias de meu estado. Talvez por que eu moro a poucos quarteirões da praia mais poluída de minha cidade, na qual tanto fui carregado em minha infância. Talvez as melhores e mais belas paisagens sejam justamente as que de nós se encontram distantes. Talvez tenhamos como belo, justamente as coisas das quais não podemos encontrar tão facilmente. Por vezes colocamos dificuldades à nossa frente, de maneira a tornar mais gratificante e saboroso o momento em que alcançamos nossos objetos de desejo.
Foi o melhor final de semana em muitos meses – dentre os que não incluem a “companhia” de uma figura feminina. Joguei tennis, sinuca, e AOE2. Entrei na piscina, na banheira de hidromassagem e na sauna seca. Comi pizza caseira e uma lasanha que desafiou meu estômago – fiquei triste de ver a travessa pela metade, mas não ter lugar para esta comer. Escrevi, li e ainda meditei. Eu poderia passar uma semana inteira naquele lugar tão bucólico e pacífico. Mas infelizmente, este não tinha internet.
Geni e o Zepelin. Muitos interpretam essa belíssima música de Chico Buarque como uma sátira a respeito de um Salvador, seja qual for este. Tomam Geni como Jesus, mas eu prefiro ampliar a visão, e pensar como se fosse qualquer salvador em termos mais amplos.







Bill Hicks, um dos meus comediantes favoritos – fato que já mencionei aqui. Em seu apelo final, me encerramento de um de seus mais famosos shows, ele faz questão de trazer uma mensagem deveras muito significativa para a platéia. Ele tratou daqueles, que em minha opinião, são os verdadeiros salvadores. As pessoas que tentam nos mostrar como nossa vida é efêmera, e como não podemos nos iludir com sensações de status e felicidade material.
Eu poderia passar muito mais com que uma semana naquele sítio. Sou grato pelo convite feito amigo de longa data, a partilhar com ele aquele espaço de calmaria de restauração. Mas assim foi bem lá que decidi escrever essa postagem, pois foi quando percebi que não me lamentei na hora de retornar à cidade – mais por canta da internet. Pois só quando em minha casa cheguei, é que tive ganhei a consciência. Foi apenas um passeio, e assim ele deve permanecer. Por mais que aquele lugar possua quase tudo que eu gostaria de desfrutar pelo resto da eternidade – vocês bem sabem o que estava faltando – lá eu não poderia me esconder para sempre. Foi apenas um passeio, assim como a vida, na descrição de Bill Hicks. Mais vale pontuar nossa existência pela eternidade a nos prender nas alegrias efêmeras.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Super Homem?

            Quem já sonhou alguma vez andar pelas paredes, dar saltos magníficos, feito os super-heróis que acompanhávamos em nossa infância televisiva? A fantasia com a qual brincamos em nossas mentes. Sonhamos acordados. Sonhamos com super habilidades, sonhamos em levar uma vida dupla, uma no trabalho com a família, outra nas ruas combatendo o crime.


            Existem pessoas que decidiram seguir suas pretensões infantis, ainda que apenas no tempo livre que possuem do trabalho. Azo é um animador de jogos eletrônicos. Ele acaba trazendo as coisas que ele desenvolve na vida real para as suas animações dentro do novo projeto no qual trabalhou em 2010.


            Em tradução para os que não estão familiares com o inglês: Neste vídeo acima ele explica que muitos movimentos que ele reproduz no jogo, são baseados em movimentos que ele já faz na vida real. Enquanto que outros movimentos ele cria para utilizar no jogo. E por diversão, ele acaba por tentar imitar alguns movimentos que foram criados no jogo, na vida real.

            O interessante é perceber que ele não se dedica para esses truques em tempo integral, mas utiliza deles no próprio trabalho. É um excelente exemplo de uma pessoa que arrumou uma inteligente maneira de conciliar seu lazer com o seu trabalho.

            Não posso deixar de admitir um misto de admiração com inveja. As habilidades desenvolvidas por Azo são sem dúvidas magníficas e sem igual. Mas acho que podemos todos tirar uma lição com alguém que encontra tempo para desenvolver truques tão elaborados e extravagantes, sem necessariamente dedicar todo seu tempo a eles.