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domingo, 30 de janeiro de 2011

CultoMente



Você não gostaria de ter seguidores devotos? Que deixarão suas famílias por você; darão todo o dinheiro para você, darão seus corpos, suas vidas, o considerará um deus?! Não gostaria de se tornar um líder de culto?
Desde a morte de Deus, tem-se aberta uma vaga, e você pode preencher essa vaga. E ai lhe mostro como:
Estruture o seu culto como uma cebola, com os mais benignos e prestativos membros na camada externa, e os mais controladores e perversos em um grupo mais interno e isolado.
Use dissimulação. Não diga a eles quem você realmente é. Minta, omita informações importantes ou distorça as informações:

Novato: “Você está tentando me recrutar?”
Membro: “Não, só quero dividir uma coisa importante com você.”

Estabeleça grupos de fachada:

Membro: “Nós somos um grupo de estudo da bíblia.”
Membro: “Nós somos um centro de meditação.”
Membro: “Nós somos uma organização de Paz Mundial.”
Membro: “Nós somos um centro de Desenvolvimento Pessoal.”
Membro: “Nós somos drogados em reabilitação.”

Prometa realizar seus sonhos:

Membros: “Você não deseja um mundo de amor e irmandade incondicionais?”
Membros: “Nós temos os segredos para o enaltecimento pessoal.”
Membros: “Você pode se juntar a nós e tornar-se especial.”
Membros: “Se junte à nossa iniciativa para salvar o mundo.”
Membros: “Nós podemos lhe ensinar poderes especiais.”
Membro: “Poderes pessoais... Poderes psíquicos... Conexões com vidas passadas.”

Ofereça algo de graça a eles, e  tente lubridiar-los a oferecer-lhe algo em troca:

Membro: “Nós o demos aquele jantar gratuito. O mínimo que você poderia fazer é se juntar a nós em um encontro nesse final de semana.

Você pode dizer a eles que o tempo está se esgotando, e eles precisam decidir logo ou será tarde demais:

Membro: “Essa é sua única chance de conseguir, não pise na bola!”
Membro: “É importante que faça esse compromisso, agora!”

Não os dê tempo para pensar. Diminua possibilidades de dúvidas e questionamentos, simplesmente afastando os novos recrutas e os cercando por membros convictos do culto. Pois quando estiverem em dúvida, os novatos farão exatamente o que os outros à sua volta estiverem fazendo, e acreditarão que tudo isso é normal.
Começo com um período prolongado de “bombardeiro de amor”. Os envolva com amor incondicional e atenção. Os membros do seu culto devem agir de maneira amigável, e mostrarem interesse pelo novato. Adquira informações e ataque seus pontos fracos:

Membro: “Conte-nos sobre você.”
Membro: “Faça esse teste de personalidade.”

E então use essas informações para manipular-los. Com o tempo você será capaz de manipular o comportamento de seus membros e de culto garantindo e mantendo intenso amor e atenção. Assim que eles cederem a isso, comece a fazer exigências com mensagens imperativas:

Membro: “Nada nesse mundo tem valor, a não ser que esteja ligado ao líder ou ao objetivo maior.

Controle seus comportamentos:

Membro: “Venha morar conosco.”
Membro: “Vista essas roupas.”

Prescreva um cronograma rígido de lições e práticas que eles devem seguir invariavelmente. Mantenhamos ativos e dormindo o mínimo possível. Se possível, controle a alimentação deles diminuindo as proteínas do cardápio. Controle seus pensamentos:

Membro: “Nossa ideologia responde todas as perguntas sobre todas as questões.”

Controle suas emoções. Induza culpa:

Membro: “Pessoas estão morrendo de fome!”
Líder: “Você não está vivendo em todo o seu potencial!”

E Medo:

Membros: “O inimigo irá eletrocutar-lo... Torturar-lo... Matar-lo... Ou mesmo arrastar-lo para o Inferno!”

Controle a informação. Evite-os e conhecer todas as atividades do culto. Bloqueie qualquer informação que seja crítica sobre o grupo. Encoraje os membros a espionarem e denunciarem uns aos outros.
Separe o membro dele mesmo, induzindo ataques à própria pessoa por meio de colapsos mentais. E quando de fato ocorrer, disfarce isso como uma forma de despertar espiritual. Quando eles começarem a enlouquecer, demonstrando qualquer efeito colateral ou mesmo tendo alucinações, diga que eles estão eliminando os demônios internos.

Membro novato: “Quando eu estava meditando, eu senti a imensidão do vazio. Foi assustador!”
Membro: “Não, isso é bom. Você está se transformando, faça isso mais.”
Membro: “Você está renascendo!”

Torne-os paranóicos com relação ao próprio corpo ou maneiras de pensar:

Membro: “Você está em guerra com sua natureza harmônica.”
Membro: “Seu corpo está muito intoxicado.”

Diga que existe uma parte de suas mentes que eles devem eliminar em detrimento de encontrar a felicidade:

Membro: “Você deve de eliminar a mente poluída.”
Membro: “O seu Ego, o seu Ego é a fonte de todos os seus problemas.”
Novato: “Eu não sei mais quem eu sou!”
Líder: “Excelente! Agora você é livre.”

Clame autoridade. Ela pode vir de uma fonte divina:

Líder: “A sua bíblia claramente refere que eu sou o Messias.”

Fale a respeito de supostas evidências científicas:

Líder: “A ciência comprovou, os meus métodos funcionam!”

Ou apele para “conhecimentos especiais”:

Líder: “Eu sou o mestre iluminado de todo o universo.”

Invente estórias sobre você mesmo, para tentar aumentar e reafirmar a sua importância:

Líder: “Eu inventei o ar!”
Líder: “Eu tenho acesso especial aos alienígenas.”

Mas não seja estúpido dessa maneira, comece devagar. Um bom charlatão pega um pouco de verdade junto a um monte de mentiras e posa para os olhos dos ignorantes.
Induza estados de transe e auto-hipnose. Praticando rituais de não-pensamento e ações repetitivas. Como dançar, girar, cantar, respirar pesadamente e entoando mantras. Pratique longas horas de meditação, pois dentro desses estados de transe, eles se tornam mais vulneráveis e sugestivos.
Encoraje separação de suas famílias:

Líder: “Seus amigos e sua família não vão te compreender.”
Membro: “Seus amigos e sua família não vão te compreender.”
Membro: “Não parece que sua família e seus amigos de fato o amam se eles não podem apoiar a sua nova decisão.”
Membro: “Talvez devesses se afastar deles. Não é saudável estar perto de pessoas não iluminadas de qualquer maneira.”
Membro: “Se você não pode recrutar seus amigos, se afaste deles.”
Líder: “Pare de gastar seu tempo com descrentes!”
Membro: “Pare de gastar seu tempo com descrentes!”

Encoraje dependência e conformidade. E desencoraje autonomia e individualidade:

Líder: “O propósito maior deve de ser o foco. Os propósitos individuais devem ser subordinados.”
Membros: “O propósito maior deve de ser o foco. Os propósitos individuais devem ser subordinados.”

Tenha sessões de confissões, onde os membros condenam suas vidas passadas e enaltecem suas vidas dentro do grupo. Reescreva o passado como terrível, ainda que ele tenha sido maravilhoso:

Membro: “Antes que eu viesse a despertar, eu era uma pessoa ruim. Eu era ganancioso, dissimulado, egocêntrico e perdido. Minha vida é maravilhosa agora. Eu odeio a minha vida antiga.”
Membro: “Antes de me despertar, eu vivia dentro do meu Ego. A minha mente tóxica estava dirigindo a minha vida. Eu era uma pecadora, negativa e perdedora. Graças ao Líder, todos os dias, eu sou uma vencedora.”

Isole-os do resto do mundo. Faça-os se sentirem parte de uma espécie de “grupo de elite” com uma missão especial:

Líder: “Monumentos históricos será um dia levantado em memória de nosso sacrifício em nossa missão.”

Fortaleça os laços dentro do grupo, estabelecendo metas e apontando inimigos. Construa a imagem sobre quem não pertence ao grupo como “menos do que humanos”, piratas, corruptos ou conspiradores contra a causa maior. Desenvolve uma mentalidade de “nós” contra “eles”, combatendo resistências. Diga a eles que seus pensamentos críticos são evidências de que eles têm cometido crimes contra o grupo. Comece a investigar-los e invente assim, crimes de diversas qualidades:

Membro Novato: “Eu acho que quero sair.”
Membro: “Você deve estar louco!”

Faça-os sentir culpa:

Membro: “Nós estamos fazendo um trabalho importante aqui!”
Membro: “Você espera que salvar o mundo seja fácil?!”
Membro: “Nós todos estamos dispostos a fazer alguns sacrifícios pela Grande Causa!”
Membro: “Justo quando as coisas ficam difíceis, você deseja desistir.”
Membro: “Você é fraco!”
Membro: “Você deseja seguir para frente em direção à liberdade e iluminação? Ou prefere voltar à sua vida de perdição?”
Membro: “A doutrina é infalível!”
Membros: “Deve haver algo errado com você.”
Novato: “Deve haver alguma coisa errada comigo!”
Membro: “Sim, e há!”
Líder: “Sim, existe sim!”

Doutrine pelo medo. Diga que eles podem ser possuídos por espíritos malignos! Eu sugira que caso eles desejam sair, algo muito ruim possa acontecer a eles:

Líder: “Estou apenas lhe alertando. Sem a nossa companhia, a sua vida só vai piorar. Você pode ficar doente, ou até mesmo morrer.”
Membro: “Estou apenas lhe alertando. Sem a nossa companhia, a sua vida só vai piorar. Você pode ficar doente, ou até mesmo morrer.”

É simples assim! E agora? Não gostaria de se tornar um líder religioso? Não deseja seguidores devotos, que deixaram suas famílias por você, darão todo dinheiro para você, seus corpos, suas vidas e mesmo MATARÃO por você:

Novo Membro (convicto): “Eu farei o que você me ordenar pela causa. Eu deixarei minha família pela causa. Eu darei meu dinheiro pela causa. Eu lhe darei meu corpo pela causa. Eu morrerei pela causa, eu matarei pela causa. EU TE AMO!”

Foi mais uma tradução DAQUELAS! Não foi tão difícil, mas o inglês é uma língua muito condensada. Ela transmite e curtíssimas palavras conceitos que precisam de frases enormes no português.
Essa postagem vêm a condensar junta a outras postagens que tenho feito carregando certa crítica em relação às instituições religiosas. A mentira e a falácia a respeito das igrejas. 
Igreja, pela definição dada no livro de Matheus, é a morada do Senhor. E essa morada, é nada além de dentro dos nossos corações. Mas veja bem, eu não sou cristão, afirmo isso com base nos meus estudos sobre a bíblia que tanto repudio. É realmente chato ensinar padre a rezar a missa, mas eu preciso me expressar sobre as ilusões e tentações que tem se armado no mundo, tentando nos induzir a um falso despertar, e uma armadilha para nossas mentes, nossos corpos, e nossas vidas como um todo.
Prezo pela saúde e proteção de todos a quem conheço. E por conta disso, penso que para se protegerem de qualquer forma de abuso e violência mental, a melhor forma de proteger-los, é lhes fornecendo conhecimento. Conhecimento sobre essas técnicas de ilusão e auto-indução pode lhes conceder justamente o que precisam para criarem defesas e barreiras contra qualquer forma de fanatismo e ludibriação.

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